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16 de abril de 2011

Os estereótipos em "Rio" (aquilo que você não viu)

A animação "Rio", amplamente divulgada no final do mês de março (2011) acabou despertando a curiosidade de muitas pessoas levando-as a assisti-la assim que o filme estreou. Já ouvi dizer até que a bilheteria de "Rio" já ultrapassou a de "Avatar".


Como todos que me conhecem (bem) sabem que eu adoro animação e adoro bichos, logo, também fiquei curiosa para assistir esse filme tão falado. Fiz. Porém, durante a exibição do filme, algumas coisas me deixaram um tanto reflexiva...


Não há como negar que o filme foi muito bem bolado, que a animação está linda e que a ideia foi boa. Porém, um olhar mais atento nos mostra que o "Rio" apresenta ao mundo o povo brasileiro como:
1. "povo que só pensa em carnaval" (nas primeiras cenas do filme isso fica bem claro).
2. "ladrão" (representado pelos macaquinhos).
3.  A qualquer momento pode surgir uma mulher/mulata/gostosa rebolando no meio da rua. Dentre outros "perfis" que o filme rotula. 


Confesso que isso me deixou um pouco triste porque esperava sair do cinema sorrindo e não pensando no modo como as pessoas criam estereótipos e os vendem para fora como se fossem a "verdade absoluta" se é que isto existe! E o pior, nós mesmos os compramos!


Eu sei que muita gente que assistiu (ou ainda assistirá) ao filme sequer dará bola ao que eu reparei, sei também que de cinema eu não entendo nada, mas não poderia deixar de expressar minhas sinceras e decepcionadas impressões acerca de "Rio".


Que fique claro: não estou dizendo que devemos banir o carnaval de nosso calendário, apenas devemos mostrar pro resto do mundo que nos outros dias que sobram do ano, o brasileiro faz outras coisas, que é bom em outras coisas... Que existe vida além do carnaval e do futebol (nossos principais estereótipos). Será que isto é pedir muito?


Perla Allvez

5 comentários:

Paula Daniele disse...

Sinceramente, não concordo!
Achei o filme perfeitamente a cara do Rio de Janeiro!
Eu estive no Rio no período do carnaval e pude ver que a cidade simplesmente PARA, para viver o carnaval! Algo que p/ eles consegue ser mais importante no que o São João para nós! Aonde vc vai em qualquer momento as pessoas estão fantasiadas pelas ruas e preparadas esperando o bloco passar, em cada bairro, cada praia, cada morro... são mais de 500 blocos só na Zona Sul p/ vc ter uma ideia, o Rio vive o carnaval e o filme retratou perfeitamente isso, até pq não fala de todo o Brasil em si, era o RIO DE JANEIRO! Em quanto as macaquinhos, eles realmente existem lá no morro da Urca/Pão de Açúcar, vi muitos por lá, só que eles não roubam não... e macacos ladrões em filmes é uma coisa tão batida, não achei um insulto a cidade,achei até engraçado até pq, macacos ladrões é fichinha perto do que acontece no Rio de Janeiro né?! E de fato, o Rio é cheio de mulher mulata e gostosa, vc tem que ver como é em Copacabana e não é só no Carnaval que se vê um monte de gostosona semi nua! De fato, o filme é a cara do Rio, seria ainda mais se mostrasse o tráfico de drogas nos morros, mas ainda bem que o diretor foi bonzinho com o Rio de Janeiro do nosso BRASIL... e pense numa cidade MARAVILHOSA!
beijos ;*

Perla Allvez disse...

kkkk

Muito bem!
Quero mais comentários, galera.
Já andei conversando com outras pessoas e as impressões sobre o filme estão bem divididas.
A oposição de opiniões é sempre muito bem vinda!
bjs

Peixoto disse...

Eu concordo com vc Perla, estive no Rio e a coisa não é bem assim como foi mostrado no filme, aquele menino ladrãozinho, essa é a cara do Rio de Janeiro? Filme muito bom, o problema é que brasileiro costuma achar graça de seus próprios problemas e de suas desgraças..

Farei um post em breve no meu blog aprofundando este tema, peço logo licença pra citar o seu, beijos!

Capitu Santiago disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

É 100% esteriotipado e preconceituoso sim, como se todas as pessoas aqui só gostassem de samba e ficam ouvindo isso o dia inteiro e como se todo mundo aqui fosse negro, nós somos uma nação diversa assim como o Canadá ou os EUA, não somos apenas negros.

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"Somos todos escritores, só que alguns escrevem e outros não." (José Saramago)
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